Escleroterapia com Espuma

A escleroterapia com espuma é uma das muitas técnicas que podem ser utilizadas para o tratamento das varizes. Essa técnica pode ser utilizada de maneira isolada ou pode ser associada a outras técnicas. Consiste, basicamente na injeção de uma substância chamada Polidocanol que misturada com ar transforma-se uma substância branca no aspecto de espuma, essa substância é utilizada em diferentes concentrações e misturada em diferentes proporções com o ar para tratar diferentes calibres de vasos.

A espuma age na parede do vaso especificamente no endotélio da veia levando ao seu fechamento ou esclerose, fechando assim o vaso que estava dilatado e causando sintomas.

Algumas pessoas podem se questionar: “mas esse vaso não é importante para mim?”. Essa dúvida é muito comum, esse vaso que está dilatado parou de funcionar e, portanto, perdeu sua função, além disso eles está causando sintomas. Deixá-lo pode ser mais prejudicial.

Importante ressaltar que para que a espuma haja dentro do vaso é necessário que tenhamos certeza de que esse foi adequadamente puncionado para isso utilizamos na grande maioria dos casos a ultrassonografia com Doppler.

Outro benefício da técnica é a possibilidade de ser realizada no consultório médico, não necessitando de internação ou repouso prolongado além de não precisar passar pelo processo de anestesia, o procedimento pode ser realizado apenas com anestesia local.

Contudo, importante ressaltar que os procedimentos não são inócuos, ou seja, há complicações relacionadas a técnica, entre elas podemos destacar as seguintes: pigmentação da pele, trombose venosa profunda, embolia pulmonar, flebites, além da recidiva (ou seja, recanalização do vaso) voltando a ficar dilatado e causar sintomas.

Tendo em vista todas essas possíveis complicações você poderia se perguntar: mas valeria a pena realizar o procedimento?

Temos que levar em consideração cada caso, individualizar o tratamento.  A princípio, esta técnica está indicada para pacientes com alto risco cirúrgico, idosos, pessoas que não desejam operar, doentes que apresentam úlceras ativas ou que já apresentam pigmentação da pele (ou seja, manchas acastanhadas principalmente na região das varizes ou no tornozelo).  Dessa forma, necessário uma indicação precisa, quando levamos em consideração esses diferentes aspectos clínicos e até mesmo sociais para indicar esse procedimento ou mesmo utilizá-lo em associação com outros procedimentos podemos ter bons resultados

Bom ressaltar que para aqueles pacientes que buscam o resultado estético além do tratamento da doença, e querem um resultado mais definitivo com menor chance de recanalização das veias, devem optar por outras técnicas de correção. Assim, para saber se você é um candidato adequado para esse tratamento deve-se passar em consulta com cirurgião vascular.